Ontem o Victor começou a engatinhar pela sala.
Ele já até corre, mas acho que deu vontade de dar uma “engatinhadazinha” pra relembrar os “velhos” tempos.
Comecei a vasculhar pelo meu disco rígido cerebral lembranças desta fase tão bonitinha da vida dele, quando os joelhinhos ficavam vermelhinhos no meio de tanta agilidade. Lembro que até ganhou umas joelheiras, mas de tão gordinhas, as perninhas ficavam piores do que sem o acessório. Aí ele ia, todo feliz com os joelhos no chão mesmo. Fazendo gracinhas, fugindo da gente soltando gritinhos como se dissesse: “Você não me pega!”
O Victor tinha por volta de sete meses quando começou a engatinhar “dos vera”. O local preferido para as fugas era o quarto do bisavô. Enquanto Seu Zé assistia seus jogos de futebol na TV, o bebê planejava a invasão do recinto para a alegria do vovô.
“Sinor, tu pai...” Assim dizia Seu Zé, com as mãos pra cima, como se estivesse dando a bênção ao invasor. O Victor logo dava meia volta, agora abençoado, soltando gritinhos eufóricos pela casa. Que alegria!
Aos nove meses, Victor ganhou um “andajá”. No primeiro dia ficou completamente parado, como se estivesse imobilizado por alguma força estranha. Alguns dias depois estava atropelando as pernas do bisavô. “Cuidado, Seu Zé...” dizíamos preocupados. E ele só ria, admirando a peraltisse de seu pequeno bisneto.
Engatinhando o Victor descobriu o mundo de verdade. Descobriu que ele mesmo, sozinho já poderá traçar o seu próprio caminho, tendo a certeza de que sempre estaremos ali por perto, para correr atrás dele e não deixar que nada de mal lhe aconteça.
...
O Seu Zé foi um grande coadjuvante nesta fase maravilhosa do bebê. Ele não chegou a presenciar os primeiros passinhos do “sinor”, mas com certeza estará acompanhando, lá do alto, todos os outros no decorrer de sua vida.
Obrigada, Seu Zé.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Retomando as atividades materno-blogais.
Fiquei um tempão sem escrever absolutamente uma linha sequer. Abandonei meu filho virtual que só fala do meu filho e das minhas peripércias como mãe de primeira viagem. Neste intervalo ele fez um ano, descobriu inúmeras coisas novas (mas continua babando como nunca) e eu só ficava pensando: Nossa, como seria ótimo dissertar sobre isso no meu blog.”E nem “tchum”. Então, pensei... sabe de uma coisa? Vou postar. Vou postar. Estou postando!
Em meio a Jobs para ontem, marido e filho pra cuidar e contas para pagar. Aqui tem sim um espaço para desfrutar da poesia da infância. Vivê-la novamente. E tentar registrar alguma coisa, algum detalhe que daqui há cinco anos seria esquecido completamente, ou lembrado devagarzinho, como um pequeno flash de bateria enfraquecida. Eu não quero isso. Quero lembrar destes momentos, que são os melhores da vida de alguém. Se não posso lembrar dos meus, vou lembrar dos dele.
Esta pequena criatura que logo de manhã, quando acorda, tem preguiça e continua deitado durante alguns minutos, com o dedo na boca. Ou com a chupeta ortodôntica, pois eu, em um ato de solidariedade com seus minúsculos dentinhos, retiro gentilmente, o dedinho, e faço a substituição.
Depois de descansar a preguiça deitado olhando para o nada, ele levanta, como se tivesse levado um choque de energia, desce da cama com toda a destreza de um filhote de leão e corre em direção ao banheiro, para puxar o papel higiênico e jogar no lixo ou então pegar um sabonete lacrado e me entregar sabendo que eu vou agradecer.
Não sei se você se deu conta (acho que sim, né?), mas eu acabei de dizer que ele dorme e ainda por cima desce da cama. É, ele está dormindo na cama, e eu o ensinei a descer. Eu admito: é culpa nossa. Ele está dormindo na cama por pura sem vergonhisse dos pais dele. É entre estas e milhões de “coisinhas” erradas e outras super certas que nós vamos crescendo e descobrindo. É por isso que eu estou aqui de novo.
Em meio a Jobs para ontem, marido e filho pra cuidar e contas para pagar. Aqui tem sim um espaço para desfrutar da poesia da infância. Vivê-la novamente. E tentar registrar alguma coisa, algum detalhe que daqui há cinco anos seria esquecido completamente, ou lembrado devagarzinho, como um pequeno flash de bateria enfraquecida. Eu não quero isso. Quero lembrar destes momentos, que são os melhores da vida de alguém. Se não posso lembrar dos meus, vou lembrar dos dele.
Esta pequena criatura que logo de manhã, quando acorda, tem preguiça e continua deitado durante alguns minutos, com o dedo na boca. Ou com a chupeta ortodôntica, pois eu, em um ato de solidariedade com seus minúsculos dentinhos, retiro gentilmente, o dedinho, e faço a substituição.
Depois de descansar a preguiça deitado olhando para o nada, ele levanta, como se tivesse levado um choque de energia, desce da cama com toda a destreza de um filhote de leão e corre em direção ao banheiro, para puxar o papel higiênico e jogar no lixo ou então pegar um sabonete lacrado e me entregar sabendo que eu vou agradecer.
Não sei se você se deu conta (acho que sim, né?), mas eu acabei de dizer que ele dorme e ainda por cima desce da cama. É, ele está dormindo na cama, e eu o ensinei a descer. Eu admito: é culpa nossa. Ele está dormindo na cama por pura sem vergonhisse dos pais dele. É entre estas e milhões de “coisinhas” erradas e outras super certas que nós vamos crescendo e descobrindo. É por isso que eu estou aqui de novo.
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